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Reflexão: Entre paradigmas e novas tendências comportamentais – Jorge Cativo

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A história revela que o homem já foi ouvinte, não letrado e agente receptor de um processo de comunicação onde seus saberes dependiam daqueles que proferissem pela oralidade algo que agregasse conteúdos a seus saberes ou solucionasse algum de seus problemas.

A mesma história também descreve os inúmeros contextos que dão conta da necessidade de registrar e preservar o conhecimento, seja pelo que se via ou pelo que se ouvia, reunindo assim a informação até a descoberta da escrita, o surgimento da imprensa e as benesses da topografia.

Surge a partir disso, um enorme volume informacional e a problemática de sua necessidade de tratamento. Chega a era da rápida ascensão tecnológica onde a comunicação científica se atrela a informática, a comunicação e a internet.

Deste fato, cria-se a necessidade de um profissional, que tendo regulada sua profissão, promove a criação de inúmeros Cursos Superiores em inúmeras escolas pelo Brasil que se dedicam a transmitir conhecimentos de teorias e práticas necessárias para formação das competências desse profissional.

Dentro deste cenário, apresentando contextos passados e contemporâneos, não terá a fusão de espaço e tempo ao se aliar a um inovador método de ingresso, afetado processos mas também o comportamento do próprio homem?
Educação, disseminação, informação, fatores históricos ligados ao contexto informacional. Como compreender que alguns desses elementos da história, vinculados as novas tendências, evidenciam inúmeras mudanças na forma de ensino, no desafio da aprendizagem e aos olhos de quem lida com informação, na percepção de quem precise lidar com o comportamento das pessoas que também precisam aprender a lidar com ela?

Não se pretende responder a questão, mas apenas levar a uma reflexão cada leitor, receptor em outrora ou um mediador na sua missão de promoção de escolhas e saberes a novos profissionais.

Para isso, a necessidade de se perceber a inter-relação de novos paradigmas ligados a avanços tecnológicos, mediação de saberes e um receptor que necessita de formação, ética, postura profissional e maturidade.

A chamada Sociedade da Informação estará formando que estereótipo de mentes e vivências somadas ao seu tempo de vida, experiências, culturas, posturas, valores e aspectos exigidos para formação de profissionais formados para lidar com ela?

Terá o fator do impacto tecnológico, deixado a herança de toda essa expectativa em tempo real criada a partir da comunicação instantânea, onde o imediatismo recorre a redes sociais e as notícias e eventualidades que se dão praticamente ao vivo por meio de recursos que são diariamente consumidos ou cobiçados por muitos?

E quanto aos reflexos gerados pelo fato das instituições de ensino, já não por meio de vestibulares se proporem a adotar um novo mecanismo estabelecido pelo MEC que unificando a prova, trouxe um novo perfil discente aos assentos acadêmicos das universidades brasileiras?

E quanto à primazia daquela que se chama leitura, deverá assumir esse formato contemporâneo onde se torna incomum por ser demorada e impraticável diante dessa abundância informacional, já que sua caminhada não tem levado muitos de forma breve e direta aos caminhos por onde navegam outros em meio virtual?

E quanto a essa nova tendência que exige que a tecnologia se faça sempre presente e disponível no quotidiano das pessoas de modo a parecer sem fronteiras, aparentando desconhecer limitações, gerando frustrações quando se desconecta um ser de seu novo contexto social, de seus amigos virtuais? Fora desse cenário ainda se consegue retornar a um contexto local onde existem o que chamam apenas de vizinhos localizados em vias que se diferem daquelas onde localidades remotas se tornam obstantes e inalcançáveis por uma simples conexão de texto ou voz criada instantaneamente.

Quantas são as mentes com expectativas voltadas não mais para o consumismo barato, onde poupar e economizar é sinônimo de falta de luxúria necessária para aumentar as índoles que percorrem caminhos de uma visão onde no luxo está o novo padrão a ser seguido, comercializado e vendido para os olhos daqueles que assistem a tantos desfiles de impressões.

E se for retratar esse comodismo e o nascimento de um espírito nasciso que cerca populações com seus modernos computadores, tablets, ipads pessoais que se somam a perfis pessoais e sobre essas condições agora agregam individualidades em detrimento dos aspectos coletivos, criando um corpo social invisível aos próprios olhos.

Quantos são os aspectos observáveis entre o passar do tempo: entre os impactos da tecnologia; entre formas de promover o ensino aos habitantes de uma sociedade, respeitando suas escolhas, modificadas e cada vez mais distintas entre tantas condutas e comportamentos; entre redes sociais e ferramentas que se transformam em vitrines e popularizam saberes e criadores ou entre quem apenas observa todo esse processo sem percebê-lo ou tentar entendê-lo.

Por fim, novas gerações com suas peculiaridades abrem as portas desse novo cenário onde se procuram competências para gerar e disseminar saberes, desejam sim embalos em redes sociais e uso de ferramentas eletrônicas com fins propícios a construção de novos saberes que possam ser agregados e motivadores de novas descobertas, novos estudos e a pesquisas futuras.

Essa nova percepção não se faz crítica a mentes que percebem o elo entre saberes e que caminham notadamente para um mundo biocivilizado, contemplado pela obtenção de novos conhecimentos, onde a mediação se dá através de orientação e prática de leitura.

Foco sempre!
Jorge Cativo

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