A primeira parte deste livro aborda como o fenômeno do empreendedorismo pode ser uma luz à realidade brasileira, uma vez que a identificação de boas práticas podem levar atores sociais a obter novas perspectivas para a transformação de ambientes e de profissões. Por tal motivo, esta seção destaca a transversalidade do empreendedorismo, a inovação e o espírito empreendedor, e introduz o empreendedorismo e a cultura empreendedora como diferenciais do bibliotecário no fomento da Biblioteconomia. Dessa maneira, terás a possibilidade de visualizar como o empreendedorismo se enquadra como um elemento fundamental na Biblioteconomia e Ciência da Informação, bem como para a construção da cidadania nessa era de Transformação Digital.
Um empreendedor é “aquele que não aceita a realidade de maneira resignada” (MATOS, 2017, p. 20). Acredito que essa citação de impacto define bem o empreendedor bibliotecário, pois esse agente de mudanças não fica inerte aos acontecimentos em seu cotidiano. Neste ínterim, a Parte III desta obra insere o tema da reconstrução das funções da Biblioteconomia em face às novas práticas dos bibliotecários, bibliotecas e centros de documentação contemporâneos (públicos e privados), assim como a origem de serviços de consultoria em acervos documentários.
Já alguns dos casos destacados na Parte IV desta obra representam uma abordagem efetiva do Empreendedorismo Bibliotecário no Brasil, já que apresentam ações bibliotecárias inovadoras realizadas por pessoas comuns que decidiram fazer algo diferente: prestar um serviço além da atuação tradicional, conservadora e estereotipada do bibliotecário. Esta seção apresenta estudos sobre a atuação da Biblioteconomia em programas de formação de usuários, inovação na gestão de sistemas de bibliotecas públicas e na normalização de trabalhos acadêmicos, a atuação do bibliotecário na editoração de periódico e na criação de um próprio negócio. Esta parte do livro é a minha favorita, pois reforça o impacto social que o empreendedorismo bibliotecário pode gerar na vida das pessoas e como o profissional da informação pode ascender no mercado ao suprir necessidades específicas.
Portanto, os estudos apresentados aqui, estimado(a) empreendedor(a), demonstrará que a conjuntura social e a revolução digital que vivemos requerem uma abordagem focada no atendimento de novas dores e anseios informacionais. Logo, pensar fora da caixa é uma boa forma de fazer algo inovador, diferente e imprescindível para a vida das pessoas.