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5 leis de Ranganathan no contexto da Inteligência Artificial

5 leis de ranganathan no contexto da inteligencia artificial

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As IAs generativas estão transformando o acesso à informação e a gestão do conhecimento. Com essa realidade, assim como vários outros estereótipos e crenças mantidos no imaginário dos bibliotecários, o bit de hoje é para você que precisa sair da era consulentes de Grogan ou exalta as 5 leis de ranganathan nas aulas de Epistemologia sendo aplicadas somente a informação, livros, leitura, estantes e bibliotecas!

Resolvi trazer um bit para atualizar sua mente sobre sua aplicação das 5 leis, só que agora: no contexto da Inteligência artificial!

Primeira Lei: O conhecimento é intangível e para uso coletivo e aberto

Na era em que todos querem custear e lucrar com super inteligências, assinaturas e novas versões de modelos e suas funcionalidades, e ainda, considerando o âmbito informacional, marcado por um fluxo incessante de dados e pela presença cada vez mais significativa da inteligência artificial (IA), a primeira lei adaptada seria “O conhecimento é intangível e para uso coletivo e aberto” – ganhando uma novo significado e urgência.

A lei enfatiza a ideia de que o conhecimento, em todas as suas formas, deve ser acessível e pronto para uso, incentivando não apenas a sua disseminação, mas também a sua aplicação prática. Isso reflete uma mudança de paradigma: de gerenciar informações, reunir e avaliar estoques ou criar produtos informacionais resultados de pesquisas para ativamente utilizar o conhecimento (oriundo desses meios) para promover inovação, educação e progresso intelectual e social.

É perceber que transformar dados brutos e informações em conhecimento aplicável é o que interessa!

Com a vasta quantidade de dados disponíveis atualmente, as tecnologias de IA desempenham um papel crucial na análise e síntese desses dados para criar conhecimentos que podem ser facilmente compreendidos e utilizados por comunidades.

Se antes os estudos métricos eram importantes, agora mais do que nunca são vitais!

Isso já significa não apenas tornar o conhecimento acessível ou disseminá-lo! Já não dá mais para viver o estereótipo de filmes em que bibliotecários são guardiões do saber!

É preciso assegurar que o conhecimento seja efetivamente aplicado pelos usuários finais, sejam eles acadêmicos, profissionais ou o público em geral.

Segunda Lei: Para cada interagente, sua experiência de interação, mediação e aprendizado

A segunda lei adaptada, “Para cada interagente, sua experiência de interação, mediação e aprendizado”, destaca a importância da personalização na disseminação e no uso do conhecimento na era digital.

Em tempos de prompts, conhecimento, inteligência artificial e interagentes, se você não entende essa tríade, ainda vive no paradigma da informação e dos suportes!

Isso quer dize que é preciso empoderar, aprender e aplicar sobre as capacidades e possibilidades oferecidas pela inteligência artificial (IA). Quem aprende quer interagir em busca de conhecimento e precisa de ajuda nessa mediação. É aqui que você também entra!

Nesse novo contexto, a adaptação da lei reconhece que cada indivíduo possui um conjunto único de interesses, necessidades, estilos de aprendizado…

Só que ao contrário de uma IA, humanos tem velocidades e formas diferentes para aprender…

Para alguns o medo, para outros a curiosidade e desejo de dar um passo além. Para alguns, interação com o chatgpt e aplicações da IA nos espaços informacionais é uma realidade, para outros ainda é um utopia!

Eu juro que estou tetando ajudar com essa oficina!

E é aqui que você entra!

Para maximizar o engajamento e a eficácia do aprendizado, profissionais da informação e ecossistemas de informação e educação devem ser capazes de se adaptar e responder a essas diferenças individuais.

Você tem feito a sua parte?

A personalização no contexto do conhecimento é essencial não apenas para manter interagentes engajados, mas também para garantir que eles possam aproveitar ao máximo os recursos disponíveis. Isso requer investimentos e busca por novas tecnologias!

Isso se torna especialmente crítico, quando profissionais de um ambiente informacional só focam em estoques de coleções e onde a sobrecarga de informações é uma preocupação constante.

Prover sistemas que possam filtrar, recomendar e apresentar conhecimento de forma personalizada ajudam os usuários a focar no que é mais relevante e benéfico para seus objetivos específicos, aumentando a eficiência do aprendizado e da retenção de informações.

Terceira Lei: Para cada conhecimento, sua audiência

A terceira lei adaptada, “Para cada conhecimento, sua audiência”, destaca um princípio essencial na era da inteligência artificial (IA): a importância de direcionar e disseminar o conhecimento de maneira que alcance o público que mais se beneficiarão dele.

Sabendo que o conhecimento é intangível e que você precisa mediá-lo nos ecossistemas informacioais, promovendo interações e trocas de aprendizados, resta saber se você conhece sua audiência, seu público, suas dores, desejos e dúvidas e o que faz para lidar com esses dados!

Neste contexto, a IA tem um papel fundamental em identificar, segmentar e alcançar audiências específicas com conteúdos adaptados às suas necessidades e interesses. É aquela velha premissa do marketing digital!

O conteúdo é rei, mas você precisa saber paar quem entregá-lo!

Vai de editoria nas redes sociais a plataformas de pesquisas que já atuam com filtros e pompts personalizados.

A disseminação de conhecimento na era da IA cresceexponencialmente e quais são os recursos que você oferece para auxiliar na pesquisa científica, na mediação, no ensino e no empoderamento desse público?

Quem é ele? Do que gosta? O que consome? Como consome? É presencial ou digital? Quais serviços gostaria que existissem?

Sabe aquele exemplo de personalização de entrega de conteúdo e engajamento de audiência? Rudo só acontece se você conhece seu público!

Então percevbam que as plataformas de aprendizado online, os motores de busca, as redes sociais, as buscas nas bases de dados científicas, principalmente aquelas que já estão implementando algoritmos de IA: tudo serve para analisar o comportamento do usuário, preferências, e histórico de interações para determinar quais peças de conhecimento são mais relevantes para cada indivíduo ou grupo.

É sobre a sua capacidade de disseminar para e compartilhar conhecimento para o público certo!

Ao garantir que o conhecimento – de forma tangível ou não – encontre sua audiência ideal, mais uma vez estamos diante da necessidade de empoderar e fortalecer as comunidades com o uso de tecnologias e consequentemente, de aprendizado e aplicação prática.

O que mais impede os princípios dessa lei serem aplicados na prática é o fato das pessoas serem expostas apenas a informações e pontos de vista que reforçam suas crenças existentes: crenças limitantes, diga-se de passagem!

Quarta Lei: Economize o tempo de quem acessar e aplica conhecimento

A quarta lei adaptada, “Economize o tempo de quem acessa e aplica conhecimento”, ressalta a importância de ir muito além de quem lê presencialmente! É sobre interagentes e maximização da eficiência na era da informação, especialmente em um ambiente caracterizado pelo excesso de dados e pela constante evolução do conhecimento.

Tempo aqui em burocracias desnecessárias e processos obsoletos devem ser revistos!

Sistemas devem facilitar o acesso rápido e eficaz ao conhecimento não apenas melhoraando a experiência do usuário, mas também ampliando o seu potencial de aprendizado e inovação.

E sabe o que você faz para ter tempo para quem precisa economiar tempo?

Sistemas inteligentes e integrados, ecossistemas diria Gabriel, automações, agentes: todos capazes de aprender e compreender as necessidades dos usuários, filtraando o excesso de informação e destacaando o conteúdo relevante.

Isso implica em uma mudança de simples repositórios de dados ou aquela sua base estática para plataformas dinâmicas que entendem o contexto das buscas, as preferências dos usuários e a relevância do conhecimento.

Da mesma forma, a aplicação eficaz do conhecimento depende de sua apresentação de maneira acessível, permitindo que os usuários compreendam e utilizem as informações sem necessidade de extensas buscas ou estudo adicional. Arquitetura da informação, Ux sabe?

A implementação eficaz desta lei envolve não apenas o uso do que já existe, mas a implementação ou desenvolvimento de tecnologias avançadas de IA.

Quem quiser e puder, pode pensar em interfaces intuitivas que garantam interação, mediação e claro, muito aprendizado!

Na prática, isso requer um compromisso contínuo com a usabilidade, a acessibilidade e a educação do usuário.

Também é preciso considerar aspectos éticos relacionados à privacidade e à segurança dos dados, assegurando que as informações pessoais dos usuários sejam protegidas e que o uso de dados para personalização e eficiência não comprometa os direitos individuais.

Quinta Lei: Um ecossistema também cresce no digital

A quinta lei adaptada vem falar sobre organismo que agpra é “O ecossistema de conhecimento que também cresce no digital!”. Isso destaca a necessidade de sair da bolha local e destaca um aspecto fundamental do conhecimento na era digital e da inteligência artificial (IA): a disrupção da ideia de crescimento local e de estoque ou produção de um conhecimento localmente!

Neste contexto, o conhecimento não é mais estático, empoeirado, silenciado por páginas e etiquetas, mas sim um recurso expansivo, semântico, indexado socialmente e armazenado em nuvem!

E quanto de espaço você gerencial além de estoques físicos?

Essa transformação é impulsionada tanto pelo acúmulo contínuo de novas informações quanto pelo desenvolvimento de novas tecnologias, métodos de análise e paradigmas de entendimento.

A lei enfatiza a importância de criar sistemas de conhecimento que não apenas acompanham esse crescimento, mas que também contribuem ativamente para ele. É algo que hoje tem x terabytes e amanhã passará da casa dos petabytes!

É sobre dinâmica desse ecossistema de produção, disseminação e uso, só que agora com criações e uma taxa de crescimento sem precedentes, em grande parte devido às contribuições da tecnologia digital e da IA.

Esta expansão não se limita ao volume de informações disponíveis; ela também inclui a diversidade de fontes de conhecimento, as metodologias para sua análise e as plataformas para sua disseminação.

É pensar na gestão do conhecimento de forma a gerar métrics, insights e incorporação de novos dados e tecnologias à medida que se tornam disponíveis quase que em tempo real. Entende o quanto estamos atrasados ou estamos passando por uma revolução silenciosa?

Se você achar utópico ser capaz de profissionalmente lidar com infraestruturas tecnológicas robustas, estratégias eficazes de gerenciamento de dados e a promoção de uma cultura de aprendizado contínuo e colaboração aberta diariamente, pense pelo menos em apoiar na certificação da qualidade da informação, a da verificação de fontes, evitando fakes e vieses indesejados, sobretudo se você está diante de informação produzida por IA!

Só um adendo em relação a isso: quero lembrar da premissa que a IA como tecnologia por si, não tem ideologia ou vieses, ela apenas reflete o posicionamento dos dados que foram utilizados para treiná-la dessa forma!

Até o próximo bit!

Jorge Cativo

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