Nesta semana publiquei no no bit da biblio, sobre um aspecto fundamental quando se consideram os julgamentos das respostas do ChatGPT!
Possibilidades ou alucinações!? Sucesso ou fracasso!? Medo ou mito!? Precisamos regular!Precisamos de legislação! Quem está por trás do GPT são pessoas ricas! Tudo pode justificar uma resposta “torta”, vinda de dados que violam direitos autorais, conseguem perceber?
Por exemplo, muita gente tem perguntado à Lia sobre como fazer uma assistente que possa responder somente sobre as coisas do site, da Biblio e do Marketing, tendo um domínio restrito do conhecimento. Ela estará sempre em aprendizado e suas respostas dependem muitos de quem pergunta algo!
Outro dia em Floripa, teci elogios sobre a pesquisa e a conduta do Giuliano Ferreira! O cara deixou seu recado e trouxe ensinamentos elementares a partir da capacidade e necessidade de construir um assistente sabendo a importância de uma linha no prompt dizendo algo do tipo: “Não invente coisas se não souber a resposta!”
Fez relações com as perguntas das pessoas e o conjunto de dados que ele manipulou nas incorporações de dados. Deu a dica sobre como economizar tokens usando a API!
Concidentemente vi uM colega falar que o maior problema da criação desses assistentes era saber controlar um certo domínio do conhecimento, limitando suas respostas a partir de cada pergunta!
As escolhas contudo não são do assistente! São nossas!
A Lya usa a API do ChatGPT em ambiente controlado e pode de fato, ajudar em muita coisa!
Mas, antes de confiar plenamente nesse assistente, é fundamental definir e entender que seus limites, preconceitos e potenciais sempre virão de uma mão humana por trás!
Muitas pessoas julgam o ChatGPT focando apenas em seus próprios mitos e medos e por isso só falam de limitações – alucinações, erros, respostas imprecisas: racismo algoritmico diriam alguns intelectuais e autores!
Ele existe e no entanto, é essencial lembrar que o ChatGPT é uma ferramenta, e como qualquer ferramenta, seu sucesso depende de quem a criou, de quem a utiliza e de como é utilizada.
No treinamento sobre engenharia de prompts para bibliotecários curiosos, aprendemos que a qualidade da resposta do ChatGPT está intrinsecamente ligada à qualidade da pergunta formulada e dos ajustes finos que devemos fazer a partir de estuturas básicas e avançadas que precisam existir nos seus pedidos e comandos!
Essa pergunta depende de n fatores que muita gente simplemente ignora na hora de criar uma pergunta direta do tipo:
“Crie uma ficha catalográfica da obra x” ou ainda “Qual o número de classificação do assunto y segundo a CDU” e achar que o GPT tem a obrigação de acertar exatamente no que você quer!
Perguntas diretas e sem elementos suficientes, trarão sempre respostas a soluções paleativas de supostas aplicações!
É como se de 200 mil tokens de potencial de respostas de mais de 64k de dados de apenas o mais simples dos modelos, tivesse seu conhecimento sendo subutilizado!
E quer saber o porquê?
Sem uma persona no prompt, clareza, contexto, exemplos, interações, tom, estilo, formatos, saída e muitos ajustes finos de seu pedido: os erros são inevitáveis.
Vamos supor que alguém resolva aplicar o ChatGPT na Biblioteconomia.
Na catalogação, indexação e classificação, ele pode ser um aliado poderoso, desde que suas perguntas sejam bem estruturadas, “tagueadas” literalmente num xml e dispostas na ordem e estrutura correta.
Vi debates certa vez sobre a “in”capacidade dele gerar descrição de registros bibliográficos: seja lá qual for o formato – MARC, RDA, BIBFRAME… Mero engano!
A expectativa era ter campos válidos que simplesmente fossem copiados e colados evitando retrabalho!
A realidade é que sem entender o mínimo de estruturas básicas e avançadas de prompots, seus pedidos genéricos jamais retornarão o que se espera validar!
No marketing digital, o ChatGPT abre dezenas de possibilidades.
Bibliotecas e bibliotecários podem utilizá-lo para criar conteúdo personalizado, responder a consultas dos usuários em tempo real, gerar conteúdos para redes sociais, criar listas personalizadas a partir de escolhas e gostos e até gerar estratégias de marketing inovadoras para seu próximo projeto, visando aquela captação de recursos.
Mas, novamente, a chave aqui, está na formulação das perguntas.
Um prompt bem construído pode levar a estratégias de marketing digital mais eficazes e inovadoras, se somente se, você dominar a arte de estruturar um pedido com alguns elementos básicos.
Ainda vislumbro a possibilidade de ver alguns amigos da área de concursos usando o gpt de forma assertiva para fazer tantas coisas legais! Unir sua sabedoria humana em perguntas valiosas que tragam respostas inacreditáveis! Sr. Freitas viu algumas delas, certa vez! O seu, o meu encanto nas respostas depois de praticamente uma redação foram memoráveis!
E isso vale para tantas coisas! Analise de questões, sumarização de conteúdos, mapas mentais, análise de provas! Apostilas de uma temática específica! O limite não existe e eu posso provar: manda uma mensagem no directo do insta que eu digo como…
Mas isso tudo que estamos falando aqui no bit depende de mudarmos nossa perspectiva.
O ChatGPT não é e nunca foi um gerador de respostas com base em dados aleatórios!
Ele depende da sua manipulação dos dados que existem nele!
É reflexo da nossa habilidade em formular perguntas.
Assim como um bibliotecário habilidoso sabe exatamente onde encontrar um livro específico, depois de anos dominando a arte de catalogar, emprestar e guardar caminhando por um acervo, talvez seja sua hora de saber como extrair o melhor do ChatGPT não acha?
A lição desse bit é a seguinte:
Em vez de julgar suas respostas errôneas, você deve focar em aprimorar primeiro sua instrução, seu comando, seu prompts para obter resultados mais precisos.
Só assim, antes de julgar o ChatGPT por seus erros, alucinações e receios pelo futuro da humanidade, você lembre que ele é apenas o meio, a ferramenta, o instrumento, como uma CDU deixada na estante que depende do “especialista” que saiba como procurar e escolher o assunto certo folheando suas páginas e refletindo apenas sua escolha adequada para números de um assunto.
Saiba que da mesma forma serão com suas interações com o GPT!
Então na próxima vez que ver alguém julgando o GPT por não saber responder corretamente sobre como criar uma ficha catalográfica, escrever uma legenda para redes sociais ou até mesmo fazer um resumo informativo para seu próximo artigo, se pergunte o seguinte:
“O quanto essa pessoa também é capaz de na biblioteconomia ou no marketing digital, dominar a arte de saber perguntar ago claro, específico dentro de um conjunto de instruções que produzem a resposta desejada?
Tudo bem familiar não é mesmo?
Entendedores e entendedoras, entenderão!
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Jorge Cativo