Uma nova sigla surgiu no mundo da informação: RDA, que significa Resource Description and Access. Em português, Recursos: Descrição e Acesso. Trata-se da norma de catalogação que veio substituir o Código de catalogação anglo-americano, ou seja, as Anglo-American cataloguing rules (AACR2), que não serão mais atualizadas.
Aos poucos esse novo código de catalogação torna-se mais pronunciável na mente e na maneira do catalogador pensar a representação bibliográfica. A RDA tende a ser amada ou odiada, pois foi projetada para substituir o Código de catalogação Anglo-Americano – 2ª edição (Anglo-American cataloguing rules, 2nd edition), conhecido pela sigla AACR2. O sentimento que emerge com o novo código é algo quase parecido – no devido contexto – com o impacto causado pela ISBD – International Standard Bibliographic Description (Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada), em meados dos anos de 1970, no Brasil de novas regras.
Certamente, a principal regra seja mexer com a zona de conforto de catalogadores. Cresce a preocupação em compreender a RDA e entender a sua harmonização com os modelos conceituais FRBR – Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (Functional Requirements for Bibliographic Records), e o FRAD – Requisitos Funcionais para Dados de Autoridade (Functional Requirements for Authority Data).
A RDA apesar de tratar da produção de registros que sejam armazenáveis, para pesquisa e recuperação em catálogos tradicionais, aplica-se à utilização no ambiente digital e com tecnologias de bases de dados existentes. O impacto da sua aplicação é previsível nos catalogadores e, também, nos fornecedores de sistemas para bibliotecas e de documentação. Emprestando conceito da área da computação, a versão beta é a versão de um produto (geralmente software) que ainda se encontra em fase de desenvolvimento e testes.
A versão Beta indica que o programa apesar de não estar finalizado e poder apresentar problemas, pode ser utilizado. No ambiente bibliotecário, a versão beta – AACR2 foi descontinuada e será substituída pela RDA, uma versão beta (ou será alfa, uma versão mais inacabada e geralmente lançada para uso em caráter experimental) a operar na ponta de um processo de tratamento bibliográfico em mudança.
Pra quem quiser fazer uma leitura sobre conceitos, vantagens e entender mais sobre a abordagem e implantação do RDA pode adquirir o livro de Chris Oliver entitulado INTRODUÇÃO À RDA: um guia básico, e publicado pela Briquet de Lemos.
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Greg Craudfield
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