Um repositório institucional permite que toda a produção técnica e científica das instituições estejam disponíveis em acesso aberto, ampliando a visibilidade dos autores, permitindo a busca por diferentes tipos de materiais, de forma organizada e indexada para consulta de qualquer lugar do mundo, reduzindo os riscos de plágio e garantindo a preservação da memória das instituições a longo prazo.
O problema é que em muitas instituições, ou os gestores desconhecem o significado e o sentido de ter um repositório digital e com isso, seu papel e importância acabam sendo ignorados. Ou pior que isso, lançam repositórios e criam redes regionais, mas o processo de povoamento – que acontece de forma manual – parece abandonado.
Além disso, profissionais da informação ainda não perceberam a necessidade de tomar pra si, parte da responsabilidade de conscientizar gestores, a comunidade acadêmica e científica e a própria sociedade sobre sua implementação.
O software Dspace ainda é uma solução desconhecida por muitos profissionais que disponibilizam materiais por meio de upload em plataformas de hospedagem, ou em serviços que não oferecem qualquer garantia de que esse objeto, tenha seus metadados coletados e possa ser encontrado segundo padrões e diretrizes internacionais.
Lembro certa vez que uma bibliotecária gestora entrou em contato pra saber qual era o link para fazer download do software DSpace. Sim… coisa que uma pesquisa simples por voz no google resolveria!
Isso não apenas demonstra que a alta cúpula de algumas instituições desconhecem a relação entre reunir e dar acesso à produção científica como profissionais da área da informação, sequer são acapazes de fazer uma busca para encontrar o site correto onde o dspace está disponível.
Enquanto isso, redes de repositórios são criadas mas a velocidade com que os depósitos manuais são feitos, caminha a passos lentos, mesmo considerando o grande número que itens a serem depositados que sabemos existir.
O processo de autodepósito no repositório institucional, feito manualmente e de forma não retroativa, parece refletir a grande necessidade que algumas instituições tiveram de aparentar apenas um pseudo pioneirismo na criação de seus repositórios, inclusive com lançamentos em cerimônias com recursos públicos.
O fato é que além de sensibilizar, propor, buscar recursos para sua criação, os repositórios não podem figurar como ferramenta que ao invés de ter aumento exponencial comprovado com métricas de depósitos ao longo do tempo, agora parecem esquecidos em sua importância e natureza: a de dar visibilidade para as produções, seus autores e suas instituições.
E para quem quiser saber mais sobre o tema, e quem sabe se aprofundar sobre como criar, configurar e gerenciar um repositório, disponibilizamos o curso Repositório do zero com Dspace para desmistificar a ideia de que é preciso fazer parte da TI para ter um repositório instalado no seu PC ou notebook.
Se você estiver buscando esse conhecimento er quiser saber mais!
O fato é que são inúmeras as instituições que precisam de orientações essenciais para se ter um repositório e o tempo parece ser o maior inimigo quando não se tem esse conhecimento.